Sucessor do Dr. Tulp, Joan Deyman também contratou Rembrandt para pintar sua lição de anatomia. Infelizmente, seu rosto não ficou para posteridade por meio desse quadro, datado de 1656, porque um incêndio, ocorrido em 8 de novembro de 1723, danificou a obra que estava exposta o Colégio Médico de Amsterdã. Para recuperar o quadro, dando-lhe estética, os especialistas em restauração foram obrigados a recortar a cabeça queimada do anatomista.
Rembrandt. A lição de anatomia do Dr. Deyman (1656). 100 x 134 cm. Rijksmuseum, Amsterdã.
A Lição de Anatomia do Dr. Deyman é raríssima, pois trata-se de uma neurodissecação (os dois hemisférios cerebrais podem ser facilmente identificados).Por trás do cadáver identificamos o professor, cujas mãos, segurando um bisturi, é tudo o que restam dele.Na pintura, o anatomista é retratado retirando a foice do cérebro do espaço formado pela fissura longitudinal. O corpo que aparece é de Joris Fonteijn, um ladrão conhecido como “Black Jan”, condenado a morte em 27 de janeiro de 1656.A calota craniana é segurada por Gijsbert Kalkoen, filho de Matthys Evertsz Kalkoen (também pintado por Rembrandt, 24 anos antes, na Lição de Anatomia do Dr. Tulp). Talvez esta seja a única lição em que o corpo é colocado sobre a mesa na posição podo-cranial. Para pintar o cadáver nessa perspectiva, Rembrandt provavelmente inspirou-se na pintura O Cristo Morto (1480), de Mantegna.
A Lição de Anatomia do Dr. Deyman é raríssima, pois trata-se de uma neurodissecação (os dois hemisférios cerebrais podem ser facilmente identificados).Por trás do cadáver identificamos o professor, cujas mãos, segurando um bisturi, é tudo o que restam dele.Na pintura, o anatomista é retratado retirando a foice do cérebro do espaço formado pela fissura longitudinal. O corpo que aparece é de Joris Fonteijn, um ladrão conhecido como “Black Jan”, condenado a morte em 27 de janeiro de 1656.A calota craniana é segurada por Gijsbert Kalkoen, filho de Matthys Evertsz Kalkoen (também pintado por Rembrandt, 24 anos antes, na Lição de Anatomia do Dr. Tulp). Talvez esta seja a única lição em que o corpo é colocado sobre a mesa na posição podo-cranial. Para pintar o cadáver nessa perspectiva, Rembrandt provavelmente inspirou-se na pintura O Cristo Morto (1480), de Mantegna.
O Cristo Morto,1480, Andrea Mantegna.
Gosto muito do seu blog. Você faz um belo trabalho! Ver a Medicina através da arte é tão interessante.
ResponderExcluirGrande abraço.
Oi Vinnie,
ResponderExcluirmuitíssimo obrigada! =)
Beijos!