Condições dermatológicas comuns, tais como verrugas e nevos, são regularmente observadas em pinturas. Uma análise deste autorretrato pintado em 1659 por Rembrandt van Rijn (1606-1669) requer atenção meticulosa aos detalhes da reprodução exata de sua pele.
Autorretrato, 1659, Rembrandt Harmenszoon van Rijn. Oleo sobre tela, 84,5 x 66 cm, Galeria Nacional de Arte, Washington, DC, USA
De uma perspectiva dermatológica, é notável a representação de dermatocálaze, xantelasma, telangiectagias e rosácea associada a rinofima:
Hankey (1998) propôs que esta constelação de sinais, juntamente com o edema periorbital, a escassez de cabelos e sobrancelha, a palidez e a obesidade, poderia significar um diagnóstico subjacente de hipotireoidismo com secundária hipercolesterolemia.
Ao longo da trajetória artística, Rembrandt produziu cerca de cinquenta autorretratos, tecendo um catálogo psicológico de seus humores e das várias fases de sua vida. As obras formam uma biografia única e íntima na qual o artista se retrata com uma sinceridade extremada e despida de qualquer vaidade, refletindo sua jornada pelo autoconhecimento.
REFERÊNCIAS:
SALTER, V. “Medical conditions in works of art”. British Journal of Hospital Medicine, February 2008, Vol 69, No 2.
Me encanta este "post", Renata. La verdad es que conocía el tema y la referencia; pero lo has expuesto de maravilla. Te felicito.
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