Na medicina, nem mesmo as drogas escaparam à influência da mitologia grega. O mais conhecido narcótico do grupo dos opióides, a morfina, obteve seu nome de Morfeu, deus grego dos sonhos.
O nome Morfeu foi criado pelo poeta romano Ovídio na sua grande obra Metamorphoses e vem do grego “morphe”, que significa “forma”. O nome seria uma alusão às formas que enxergamos nos sonhos.
Escultura em mármore, Morfeu (1777); Jean-Antoine Houdon; Salão do Louvre (Paris)
Morfeu foi enviado por seu pai, Hipnos (deus do sono) para junto dos adormecidos, a fim de assumir qualquer forma ou aspecto de figura humana e aparecer nos sonhos das pessoas. Ele adormecia aqueles que tocava com uma papoula. Houdon o representa sonolento, mas com as asas alertas, pronto para voar e mudar de fisionomias. Foi com essa obra-prima que o escultor foi admitido, em 1777, na Academia Real de Pintura e Escultura.
Em 1804, o boticário alemão Friedrich Serturner, em honra de Morfeu, deu o nome de morfina à droga que havia isolado a partir do látex da papoula, visto que ela propicia ao usuário sonolência e efeitos análogos aos sonhos.
A Medicina tem muito a ensinar sobre arte e cultura, pena que isso tem se perdido com o tempo...
ResponderExcluirNão esta tudo perdido
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