terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Agnódice: A Primeira Médica Relatada na História

Agnodice ou Agnodike (IV a. C), a mais antiga mulher a ser mencionada pelos gregos, tencionava fortemente ser médica. Natural de Atenas, aonde havia proibição legal para mulheres estudarem medicina, Agnódice viajou a Roma a fim de aprender a fazer partos e, dedicando-se principalmente ao estudo da obstetrícia e da ginecologia, obteu conhecimentos básicos sobre a saúde da mulher.

Desejando voltar a seu país e nele colocar em prática os conhecimentos adquiridos em Roma, a solução para tonar-se impune foi radical: Agnódice voltou à Grécia com os cabelos curtos e travestida de homem, sentindo-se dessa forma segura para exercer a medicina.


Arte em relevo. Agnódice: médica diante do areópago. Medalhão exposto na nova Faculdade de Medicina (Paris).

Quando começou a atuar, com muito sucesso, atraiu muitos clientes, despertando assim o ciúme de outros médicos. Raivosos com Agnódice e acreditando que fosse realmente homem, eles a acusaram falsamente de estar praticando atos libidinosos com as pacientes.

Levada ao tribunal (areópago), ela tentou se defender da falsa acusação; porém, quando percebeu que seria condenada à morte, despiu-se diante do juiz e dos jurados. Atitude extrema causou em todos grande surpresa e comoção. Além disso, várias de suas pacientes declararam em frente ao templo que se ela fosse executada, iriam morrer com ela. O juiz reconheceu a injustiça que estava sendo cometida contra Agnódice, livrou-a da acusação e promulgou uma lei determinando que, a partir daquele momento, as mulheres teriam o direito de praticar a medicina na Grécia.

Graças à ousada e corajosa atitude de Agnódice, as mulheres hoje são maioria na profissão.

REFERÊNCIAS:
1.BEZERRA, Armando "Admirável mundo médico: a arte na história da medicina" - Brasília, 2002
2.Greenhill, William Alexander (1867), "Agnodice", in Smith, William, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, 1, Boston: Little, Brown and Company
3.
Wikipédia: Agnodice

6 comentários:

  1. La creciente e imparable "feminización" de la profesión médica hace especialmente interesante y necesaria una entrada como ésta, Renata, para recordarnos a todos otras épocas, incluso en la Grecia clásica, tan grandiosa en otras cuestiones, cuando a la mujer no le estaba permitido ejercer la medicina. De hecho, hasta bien entrado el siglo XX, no se puede considerar que fuera "normal" encontrar una mujer médico. Enorme mérito tuvieron todas las pioneras. Afortunadamente, hoy podemos encontrarnos con muchas y muy buenas, como pronto lo serás tú.
    Mi felicitación más sincera, Renata.

    P.D.: Estoy investigando (la verdad es que ha escrito mucho) sobre una figura singular y digna de estudio: Santa Hildegarda de Bingen. Espero poder presentar pronto algo sobre ella.

    P.P.D.: Muy interesante, también, tu aportación sobre Manolo Hugué a la Red VESALIUS. Muchas gracias.

    ResponderExcluir
  2. Querido Francisco, agradeço pelos seus sempre incentivadores e proveitosos comentários neste blog. Será muito interessante uma investigação minuciosa sobre Santa Hildegarda. Não sei se é do seu conhecimento, mas há um agradável capítulo no livro "O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu", de Oliver Sacks, denominado "As visões de Hildegarda", que trata da relação entre a arte de Hildegarda e suas crises de enxaqueca, particularmente enfocando os desenhos que ela fazia da aura visual. Ficarei muito contente em ter acesso as pesquisas que fazes sobre ela, pois sua história parece-me excessivamente interessante. Obrigada e fico feliz em saber que desfrutastes do artigo sobre Manolo. :)

    ResponderExcluir
  3. Oi Renata,
    Muito motivador o seu texto, já que o acesso ao conhecimento é algo tão fácil nos dias atuais!
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Amei o post!
    É maravilhoso saber de onde veio a nossa liberdade na profissão! Não conhecia a história, mas agora sei que uma Agnodice lutou pelas mulheres há bastante tempo atrás!

    http://pacientesensinam.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Boa noite,gostei muito do seu blog! Tanta história,fez com que eu fica-se mais de 3 horas lendo,e pesquisando sobre os assuntos. Não sou medica,mais gostaria muito de ser,acho a profissão linda,honrosa e muito interessante... Parabéns por seu blog!

    ResponderExcluir
  6. Helloisa, Medicina é de fato uma profissão deliciosa. Fico feliz em saber que os temas aqui disponíveis te interessam e agradeço a visita.

    ResponderExcluir