Dedos supranumerários são comuns. A polidactilia é uma anomalia genética herdada como um traço dominante. Frequentemente, os dedos extras são inúteis, pois estão incompletamente formados e não apresentam apropriado desenvolvimento muscular.
Encontramos um excelente exemplo de polidactilia no óleo sobre tela Autorretrato com sete dedos, do pintor russo Marc Chagall (1887-1985). Apesar de não possuir a malformação, o artista pinta-se com dois excedentes dedos em sua mão esquerda:
Marc Chagall. Autorretrato com sete dedos (1913). Stedelijk Museum, Amsterdão.
O historiador de arte Sandor Kuthy sugere que a anomalia física na pintura fora usada para indicar a totalidade da energia utilizada na conclusão de uma tarefa. A origem do pintor é judaica e os judeus concedem ao número sete um profundo significado, figurando fortemente o conceito de criação. Deus criou o mundo em sete dias e, segundo a cabala, criou Ele também sete universos paralelos ao nosso físico. Os três pais e quatro mães na Bíblia deram à luz a nação judaica. Com seus sete dedos, Chagall cria novos e belos mundos através da pintura cubista em tela.
REFERÊNCIAS:
1.Clifford, Rose. The Neurobiology of Painting, Volume 74: International Review of Neurobiology. APR.2006.
2.Moore, Keith, L. Embriologia Clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Por diversos motivos, últimamente, querida Renata, ando todavía más escaso de tiempo de lo que en mí es habitual. Por eso, aunque no he dejado de leerlas, no me había parado a dejar un comentario en tus últimas entradas, todas ellas excelentes. Hoy no he querido tardar más en hacerlo, por esta entrada, con un tema en el que no me había fijado nunca (confieso que no me entusiasma este tipo de pintura) y que tú me has descubierto y hecho apreciar.
ResponderExcluirGracias, y un afectuoso abrazo.
Olá Renata,
ResponderExcluirGostei muito da relação estabelecida com o número 7! Ao fundo do quadro que o personagem está pintando tem uma Igreja, seria proposital?
Beijos
Lembra do Netter?
ResponderExcluirhttp://fluxodopensamento.com/2011/02/michelangelo-da-medicina/