O termo “Opistótono” designa a posição do corpo em que a coluna vertebral, o pescoço e a cabeça formam um arco côncavo para trás. O doente apóia-se na cabeça e nos calcanhares. A posição é resultante da contração sustentada dos músculos posteriores do pescoço e do tronco, e pode ocorrer, dentre outras causas, em pacientes com meningite, tétano, tumor cerebral e em intoxicados por estricnina; algumas lesões neurológicas também podem ocasionar tal postura anormal.
O médico escocês Charles Bell (o mesmo da paralisia de Bell) - famoso anatomista, fisiologista e cirurgião – com sua notável habilidade para o desenho, registrou magnificamente um caso de opistótono na arte:
Óleo sobre tela, Opistótono, 1809; Charles Bell; Colégio de Cirugiões de Edimburgo (Escócia).
Na pintura, vê-se um soldado que desenvolveu tétano após ser lesionado em uma batalha, a posição é uma das manifestações da doença, resultante da ação da Tetanoespamina (neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani). A potente toxina é responsável pela presença de espasmos musculares intermitentes e rigidez generalizada.
A obra “Opistótono” foi concluída no ano de 1809 e está exposta no Colégio de Cirurgiões de Edimburgo.
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